Figuras? Selos? Revistas? Pedras? Moedas? Não: palavras. Coleciono palavras. Cada palavra que colho de bocas e dedos, eu a guardo no mais forte dos meus cofres. Palavras delicadas como as figuras, internacionais como os selos, só fazem sentido em série como as revistas, pesadas como pedras, valiosas como moedas... eu as guardo todas igualmente. Muitas são as vezes que as deixam cair como se não tivessem importância, as preciosas palavras!!! E eu as colho antes que percebam que lhe escaparam. Se for preciso, eu também as roubo. Comigo, estão seguras. Tendo me enternecido como uma figura de animação japonesa ou me machucado como uma pedra, toda palavra que cai nos meus ouvidos e nos olhos vai para minha coleção.
sábado, 16 de janeiro de 2016
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Gosto de ouvir. Então gosto de que me ensinem, que me expliquem coisas que lhe são caras, os olhos brilhando ao falar delas. Também gosto de ser levada a participar de atividades que nem sempre pratico. Gosto de compartilhar momentos e de estar junto. Não me importo se conheço muito ou nada sobre a pessoa que aceita a minha companhia: a história que ela carrega me importa e me enriquece.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Apenas um dia, mais um dia curto e insignificante na passagem do tempo. Há algum tempo, li um textinho que falava sobre o costume de esperar por segundas-feiras e primeiros de janeiro para começarmos coisas... Por que esperar? Talvez esperemos por faltar forças de começar pelo meio, não sei... talvez pessoas mais certas pudessem responder melhor do que eu. É que eu - errada de tudo! - não tenho certeza de quase nada, só sei que nessa terra se vive, se ama, se morre e o resto é tudo invenção - para não dizer "bobagem".
Mais um dia para seguirmos parecendo muito certos, muito espertos, muito seguros. Só os outros são errados e tolos ou infantis. Porque acreditam em astrologia ou na evolução das espécies ou em Deus. Porque se divertem desta, dessa ou daquela maneira. Porque ouvem tal estilo de música, tal banda, tal canção. Porque alardeiam aos quatro ventos quando estão apaixonados ou sofrendo ou precisando de ajuda ou, pelo contrário, escondem tudo isso. Correntes literárias, estilos de roupa, cortes de cabelo, hobbys, profissão, alimentação, orientação, opinião e opção: tudo errado, tolo e infantil... menos o que nos cabe, claro!
Um novo dia abrindo um novo ano: é a terra que segue orbitando o sol, indiferente a essa contagem e a tudo que seus pequenos habitantes ficam aí inventando - ou "bobajando". Bem faz ela... se eu fosse certa, não me importaria também.
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