Durma, durma simplesmente enquanto a chuva lava restos de fantasias e leva embora todo o lixo que tantas mãos deixaram para trás.
O sangue de todos os mortos em acidentes são lavados do chão. Toda agressão é esquecida pelos agressores e chorada, quase sempre em silêncio, pelas vítimas. E há quem tenha se escondido, medroso como um passarinho, de tanta violência gratuita.
Apenas feche os olhos e durma. Todo o horror está longe de você agora... fechada em seu quarto, somente o barulhinho bom da chuva pode chegar até você.