Hoje abortei um sonho. Um sonho antigo que se formava no pulsar do meu coração. Ele era grande e eu ansiava pelo momento em que ele finalmente viria ao mundo. Mas não veio. Tentei segurá-lo vivo em meu peito por semanas. Sangrei uma espuminha amarelada que saía pela boca, mas tentei salvá-lo como pude. Só que ele foi se despedaçando até que eu o matei... talvez por excesso de zelo. Poucas lágrimas por um sonho abortado. Poucas lágrimas ainda.