Era delicado e até puro o meu amor. Nasceu de uma frase doce e espontânea - será? Ou apenas quero entender que sim? -, agora agoniza no seu silêncio, no seu... desprezo? - e eu queria tanto acreditar que não...
Mas era puro como tudo o que sinto. Sim! Também o meu desejo tão natural, tão instintivo, tão animalesco, também ele era puro. Porque não há perversidade nas coisas naturais, é o nosso racionalismo que corrompe tudo! E agora estão morrendo. Deixo morrer. Por mais que eu escreva a respeito, deixo morrer: era tudo bonito e delicado demais para a gente corromper.