quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Aqueles poemas de amor

Quanta insensibilidade presentear com poemas sem tê-los lido. As mais belas palavras tornam-se vazias, plenas apenas dos sentimentos da pessoa desconhecida que as escreveu. Já é o bastante quando o livro não é um presente, caso contrário, carece de cumplicidade e de intenção de oferecer os versos que lhe tocaram o coração. Mas sem tê-los lido, nada foi tocado, nenhuma emoção foi evocada, a conexão fica frouxa: quem lê estende a mão e agarra o nada, tudo é apenas forma e o único diálogo estabelecido é entre o estilo e a consciência de quem lê.